Provérbios 6:35

Ele não considerará nenhum resgate, nem descansará satisfeito, mesmo que lhe dês muitos presentes.

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Há muitas maneiras de apaziguar uma ofensa, seja por meio do dinheiro ou de conversa, mas você não pode usar desses meios quando a ofensa é o adultério. Salomão alertou o seu filho contra o adultério ao descrever o marido ciumento (Pv 6:20-35). Roubar comida para satisfazer a sua fome é compreensivo, mas tomar liberdades com a mulher de outro homem não é aceitável (Pv 6:30-35).

Salomão foi o homem mais sábio que jamais viveu, exceto Jesus de Nazaré. Ele usou de vários argumentos para advertir os seus filhos, especialmente o seu filho, acerca do terrível pecado de adultério (Pv 2:16-19; 5:1-23; 6:20-29; 7:1-27; 9:13-18; 22:14; 23:27-28; 30:20; Ec 7:26). Mas neste capítulo ele ameaçou o filho com o perigo de um marido irado (Pv 6:30-35).

Para os homens viverem vidas santas, eles devem se lembrar deste aviso solene bem como os outros argumentos usados por Salomão a respeito da tolice do adultério (Pv 6:20-24). É por esta razão que Davi escreveu, “Como purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra.” (Sl 119:9). Mantenha a imagem irada de um marido diante dos seus olhos!

Se você roubou comida porque estava com fome, você teria que fazer restituição de acordo com as leis de Deus (Pv 6:30-31)! Entretanto, os homens compreenderiam a sua ofensa, e você poderia ser eventualmente desculpado. Mas não existe tal entendimento do adultério; não há resgate que possa ser pago pelo prazer roubado; e você não poderá ser desculpado (Pv 6:32-35).

A mulher de um homem é a sua posse mais valorizada, o seu amigo mais íntimo, e o seu mais seguro aliado. A cama do casamento é o sagrado local dos seus mais amados prazeres com ela. O corpo dela e a singular interação com o dele é criado o ato sexual – é o seu privilégio mais íntimo. Quando um estranho se intromete nesse sagrado relacionamento e tira da sua mulher o que só pertence a ele, tal ato profano e violento não pode ser explicado ou desfeito de forma alguma.

Enquanto que homens cristãos podem perdoar essa ofensa em alguma medida, Salomão usou da reação natural dos homens a esse horrível crime para tornar o seu filho sóbrio até contra o pensar em tal possibilidade. Mesmo levando em conta que um homem piedoso está profundamente obrigado a perdoar ao outro como Deus o perdoou (Mt 18:21-35). Deus salvou homens, em Sua economia, de terem que fazer assim ao legislar a pena capital tanto para o adulterador como para a adulteradora (Lv 20:10; Dt 22:22).

Quais as melhores regras a serem adotadas para evitar o adultério? “Não cobices no teu coração a sua formosura, nem te prendas com os seus olhos.” (Pv 6:25). Rejeite quaisquer pensamentos a respeito de qualquer mulher com quem você não casou (Jó 31:1; Mt 5:28; Tg 1:14). Evite qualquer mídia ou situação que possa levá-lo a ver mulheres bonitas ou prostitutas (Pv 5:8; 7:8; Jz 14:1; IISm 11:2; Rm 13:13-14).

Há mais do que o adultério marital. Você pode fazer amizade com o mundo, o seu povo, as suas filosofias e estilos de vida e cometer adultério contra Deus, o qual criou os Seus eleitos para serem só Seus (Dt 6:4-5; Mt 6:24; Tg 4:4; Pv 4:1-4). Ao invés da ira de um mero marido ciumento, você enfrentará a ira furiosa do ciumento Deus do céu, o qual não aceita, com bondade alguma, o flerte ou o dormir com os Seus inimigos (Êx 34:10-17; Ez 16:35-43).

Quais as melhores regras para evitar o adultério espiritual contra Deus? Mantenha o seu coração pensando somente na Sua palavra e rejeitando os ensinos e as tradições deste mundo profano e suas religiões (Sl 119:128; Is 8:20; ITm 6:3-5,20-21). Frequente uma igreja onde são rejeitados quaisquer compromissos com as tradições pagãs do catolicismo romano e dos entretenimentos e fábulas contemporâneas da adoração (ITm 4:1-6; IITm 3:1-5; 4:1-4; Ap 18:4).