Provérbios 30:13
Há uma geração cujos olhos são altivos, e as suas pálpebras são levantadas.
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Agur ensinou inspirada sabedoria para a sua vida através de conjuntos de quatro coisas (Pv 30:11-31). Temos aqui o terceiro dentre os quatro tipos de homens identificados por um pecado em particular. Todos os homens são arrogantes e orgulhosos em graus diferentes, mas existem alguns que são excepcionalmente convencidos e arrogantes. Eles estão cheios de orgulho, com os seus olhos voltados para baixo sobre todos os demais. Deus odeia esse olhar orgulhoso (Pv 6:16-17), e Ele derrubará o homem ou a mulher orgulhosa.
A palavra “geração” usada no versículo de hoje, é usada aqui para descrever uma espécie de homem, ou um tipo de indivíduo específico. Não é uma profecia a respeito das pessoas nascidas num determinado tempo no futuro, quando os homens seriam arrogantes e orgulhosos, pois em todos os tempos tais pecadores existiram. Não é uma referência direta aos homens perversos que viviam nos tempos de Jesus Cristo, pois o uso desta forma seria exclusivo no livro de Provérbios e sem nenhuma sabedoria prática para a vida.
As quatro gerações poderiam ser imprecisamente ligadas aos quatro tipos de temperamentos – sanguíneo, colérico, melancólico e apático – pois cada temperamento tem tendências instintivas. Mas a sabedoria ensinada aqui é mais do que uma disposição temperamental: as quatro lições são pecados específicos e seus deveres relatados. Ao invés de atribuir temperamentos para cada geração, aprenda o pecado identificado e a sabedoria correspondente de cada geração.
A terceira geração, ou espécie de pessoa má, é arrogante e orgulhosa a respeito do seu caráter, habilidades e valor. Ele tem um coração convencido e arrogante, presunçosamente acreditando que é superior aos outros. Pensa que o mundo gira em volta dele; fica muito ofendido por qualquer negligência dos outros; e é rápido para criticar e condenar. Ao invés de voltar os seus olhos para o chão em humildade, ele os eleva mesmo à vista de Deus (Lc 18:9-14).
O orgulho é um pecado terrível. Ele custou ao diabo a sua posição no céu (Is 14:12-14; ITm 3:6). Até hoje ela é utilizada como uma palavra boa, como quando dizemos, “Eu estou orgulhoso do que eu fiz.” E é mercadejado como o cura-tudo pessoal para todas as doenças psicológicas sob o nome de amor próprio e de autoestima. Ela é uma dentre três artifícios principais contra você – o orgulho da vida (IJo 2:16). Você é egoísta, inveja os outros, recusa a instrução, se ofende e briga pelo orgulho!
Você não é nada! Você é menos do que nada. Seu caráter é depravado e profano (Jr 17:9; Rm 3:9-18). Suas habilidades e potencial são tão patéticos que a sua vida inteira pode ser apagada simplesmente com um aperto do seu nariz (Is 2:22; Sl 146:3). Suas realizações e o seu patrimônio são tão pequenos que ninguém se lembrará de você duas semanas depois do seu enterro (Sl 49:10-13).
Homens de classe inferior são obviamente nada; homens de classe superior são uma mentira; mas somados eles são menos que a vaidade (Sl 62:9)! O Espírito Santo nunca ouviu falar da dignidade ou do valor do homem!
Você veio a este mundo não conhecendo um único fato, nem mesmo a sua própria existência! Você não teve a habilidade, a consciência, a memória ou a força para evitar que se sujasse. Você não podia tirar a comida de uma colher, e beber de um copo era uma tarefa impossível. Fazer o triciclo andar para frente e dizer as letras do alfabeto sobrecarregavam o seu cérebro e o seu corpo aos seus limites. E agora você pensa que é grande? Que arrogância! Que orgulho!
Você está condenado, a não ser que você se humilhe. Deus odeia o orgulho, pois só Ele tem beleza, glória, santidade, poder, justiça, verdade e sabedoria não originada. Só Ele pode dizer “EU SOU O QUE SOU”. Na verdade, Ele pode assumir esta descrição impressionante como o Seu próprio nome! Ele resistirá a você e o esmagará, se você se considera muito (Tg 4:6). Nabucodonosor foi o maior rei da história mundial, mas depois de sete anos vivendo como um animal sob o juízo de Deus ele teve que dizer, “Pode humilhar aos que andam na soberba” (Dn 4:37).
A verdadeira sabedoria, que lhe salvará de muitos erros e o levará a crescer em favor com Deus e com o homem, é a mais disposta a se ajoelhar e confessar a sua ignorância a Deus e aos homens. O espírito agradável que ganha o favor de ambos, depende muito do excelente espírito de um homem humilde. Salomão foi uma criança muito favorecida. Favorecida por Deus e pelos homens. Ele tinha os genes, as oportunidades e os sucessos. Mas mesmo como rei sobre uma nação próspera, ele disse, “Sou ainda menino pequeno, nem sei como sair, nem como entrar.” (IRs 3:7).
Você é humilde? É fácil saber. Você gosta de ser corrigido, ou você prefere corrigir os outros? Você está ansioso por servir, ou ser servido? Você se submete sem ressentimento àqueles que Deus colocou sobre você? Se você é uma mulher, você sabe que é um vaso mais fraco e criado para ajudar um homem? Você é grato por bênçãos ou vantagens de outro, ou você tem inveja? Quando os outros lhe ofendem, você fica com raiva, ou você as perdoa rapidamente? Você fica em segundo plano ouvindo os outros? Você é um melhor ouvinte ou professor? Você ouve mais e fala menos, ou fala mais e ouve menos?
O Deus abençoado do céu não tem como usar um homem ou uma mulher que pensa que ele ou ela é alguma coisa. Ele procura abençoar e ajudar o homem com um pobre e contrito espírito, que treme diante da Sua palavra (Is 66:1-2). A sua primeira obrigação é a de se humilhar diante de Deus e obedecer todas as Suas palavras. A sua segunda obrigação é a de se humilhar diante dos homens e se tornar um servo. Os maiores no reino de Deus são os servos, não os governantes.
Se você se humilhar, Deus e os homens o exaltarão (Pv 22:11; Tg 4:10; IPe 5:6). Se você não se humilhar, Deus e os homens o esmagarão (Pv 15:25; 16:5,18; 21:24). O Senhor Jesus Cristo se humilhou para nascer de uma mulher pobre, para viver uma vida obscura de pobreza e serviço, e morrer uma morte injusta por outros. Por esta grande obra o Seu Pai, O exaltou acima de todos os anjos do céu (Fp 2:5-11). Você, de alguma forma, se parece com Ele?